Este é um dos maiores problemas na Reorganização Corporativa, seja na mudança de estrutura, mas principalmente na mudança de atitudes dos colaboradores, em relação aos negócios. Muitos líderes são boicotados e muitas decisões deixam de ser implementadas, devido à falhas algumas vezes primárias na implementação das decisões.
Não basta decidir, não basta informar, não basta cobrar. É preciso antes de mais nada, conscientizar os colaboradores sobre os benefícios das novas diretrizes e, acima de tudo TREINAR, todos os colaboradores, em todos os níveis da Corporação sobre como devem ser implementadas as novas decisões.
A diferença entre as atitudes esperadas pelos Diretores e a baixa efetividade e demora na implementação, está no fato de que a maioria dos colaboradores, sabe que os Gestores querem mudanças, mas não sabem exatamente “como realizá-las?”!
A falta de TREINAMENTO, sobre a nova conduta ou sobre as novas diretrizes, leva ao IMOBILISMO e à crítica, pois os que não conseguem entender o que mudar ou como fazer para mudar; em pouco tempo se tornam críticos sobre as decisões dos Gestores e passam a influenciar negativamente a outros colaboradores também indecisos.
Tudo isso causará frustração e stress nos Gestores e ansiedade e resistência nos colaboradores. O tempo perdido será enorme, os custos da lentidão serão altos e o mais provável é que, os Gestores passem a promover a troca de colaboradores, visando acelerar as mudanças e/ou minar a resistência.
Isso tudo ocorrerá com uma imensa perda de tempo e produtividade. Além de custos mais do que dobrados em relação à previsão inicial, pois os custos com demissões serão crescentes.
E pior, não há como garantir que os novos colaboradores contratados farão exatamente o que deles se espera, pois além de tudo, ainda não conhecem a cultura e os procedimentos (POs) da nova empresa.
Portanto, Gestores com larga carga de formação, com experiências internacionais, nacionais, ou de longas carreiras corporativas, seguem até hoje se perguntando: Porque as mudanças demoram tanto a serem implementadas?
A resposta certa é: É preciso TREINAR os liderados “de cima a abaixo” da Corporação, para que eles não só entendam, mas que também se assegurem do que fazer e de COMO deve ser feito e conduzido o processo de mudanças, para que o engajamento seja mais rápido e seja gerada uma mudança com “Energia de efetividade”.
É preciso entender que bons funcionários, que estão na Corporação à vários anos, não se tornam inúteis e nem “desaprendem” a trabalhar com eficiência de uma hora para a outra. Que esses mesmos funcionários, não se tornam resistentes, pelo simples fato de querer “medir forças com os Líderes” . Ninguém ou “quase ninguém”, quer colocar seu emprego e sua família em risco, só para confrontar a Diretoria!
Essas atitudes são muitas vezes, entendidas dessa forma pelos Diretores, mas há um gigantesco engano nisso. O engano da Diretoria, em considerar que basta falar e que todos já terão entendido e agirão de forma diferente.
Temos de incluir aqui, não só os Diretores, mas também os Gestores (Gerentes de Primeira e Segunda linhas), pois são os principais agentes propulsores das mudanças e são também muitas vezes os que mais falham na implementação dessas mudanças. Não por falta de querer implementá-las, ma pelo uso de métodos inadequados para realizá-las.
Entender é diferente de saber fazer. Atente para uma música que lhe agrada na primeira vez que você a escutar. Com certeza você entenderá todas as palavras (em português) da referida música. (ou seja você a entendeu!). Agora, tendo ouvido apenas uma ou duas vezes, tente cantá-la. Provavelmente não irá conseguir, por mais que você se esforce. Assim é a mudança corporativa. É preciso um processo de entendimento, de aprendizado e finalmente de TREINAMENTO, para que seja possível, reproduzir com qualidade o que se aprendeu.
Esse é, portanto o fator crítico do sucesso (KSF), para que a efetivação das mudanças ocorra de forma satisfatória e rápida. Tanto para atender às expectativas dos Gestores, quanto para a rápida implementação pelos Liderados!
TREINAR é investir na efetividade em conseguir resultados com menores custos.
É preciso lembrar que as pessoas não fazem as coisas por um destes dois motivos: Ou porque NÃO QUEREM, ou porque NÂO SABEM.
Na dúvida, TREINE! É mais efetivo e também mais econômico!
José A Storti
Gerente de Treinamento & Desenvolvimento
Glenmark Pharmaceutics