Pilar ambiental mostra dados defasados devido à escassez de informações

Na mira da reforma administrativa, a máquina pública de doze Estados e do Distrito Federal se tornou mais ineficiente, segundo a nova edição do Ranking de Competitividade dos Estados. Esse desempenho é medido por índices como o de oferta de serviços digitais e de transparência. O ranking é elaborado pelo Centro de Liderança Pública (CLP), pela Economist Intelligence Unit e pela Tendências Consultoria Integrada.

O caso do DF é emblemático: de líder no ano passado, caiu para 14.º em eficiência. Na lanterna, Roraima e Piauí perderam duas colocações. Santa Catarina ganhou destaque positivo, saltando seis lugares e se estabelecendo na primeira colocação.

De acordo com o CLP, o quesito de eficiência da máquina pública trouxe mudanças na sua composição com a inclusão de três novos indicadores: Qualidade da Informação Contábil e FiscalProdutividade dos Magistrados Servidores do Judiciário e Oferta de Serviços Públicos Digitais. Junto a eles estão o custo dos Três Poderes em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), a Eficiência do Judiciário e o Índice de Transparência.

O chefe de Competitividade do CLP, José Henrique Nascimento, explica que o DF costuma se beneficiar nessa categoria, mas a inclusão dos novos indicadores deu mais clareza à avaliação. O ente tem baixa qualidade em informação contábil e fiscal (22.º) e desempenho mediano em oferta de serviços digitais (14.º). “O DF é o menos comparável no contexto brasileiro devido às menores responsabilidades administrativas. É um ente federativo minúsculo com riqueza gigantesca. Deveria ser o mais avançado”, diz.

Em outro pilar, de Solidez Fiscal, o ranking mostra que, além de ineficiente, a máquina é cara, reforçando as discussões em torno da reforma administrativa. No Brasil, em média, 64% da Receita Corrente Líquida (RCL) está comprometida com o funcionalismo, ativo ou inativo. O Rio Grande do Norte é o campeão de gastos brutos, com 83% da RCL. Já o Espírito Santo, líder na categoria de Solidez Fiscal, tem a folha mais enxuta, com cerca de 50%. O Rio Grande do Sul continua na última colocação.

O Ranking de Competitividade dos Estados 2020 é a 9.ª edição do levantamento. Com 73 indicadores separados em 10 pilares, o objetivo é gerar diagnósticos para ajudar na tomada de decisões de políticas públicas. “O material serve para dar suporte para ver o que precisa ser destravado e para criar políticas baseadas em evidências”, explica Tadeu Barros, diretor de operações do CLP.

Além desses os outros pilares são Segurança PúblicaSustentabilidade SocialInfraestruturaEducaçãoCapital Humano, InovaçãoPotencial de Mercado e Sustentabilidade Ambiental.

Este ano, o ranking trouxe poucas novidades na classificação geral. São Paulo segue como o mais competitivo, seguido de Santa Catarina e Distrito Federal. O Rio de Janeiro saiu do Top 10, agora em 11.º, trocando de lugar com o Ceará, o mais bem classificado do NordesteMaranhão deixa a vice-lanterna e se posiciona em 23.º. O Acre está em último nesta edição.

ESTADÃO. Pilar ambiental mostra dados defasados devido à escassez de informações. Disponível em: https://economia.estadao.com.br/noticias/geral,pilar-ambiental-mostra-dados-defasados-devido-a-escassez-de-informacoes,70003440966. Acesso em: 17 set. 2020.